
Depois de explorar como o ambiente ao nosso redor afeta nossa disposição física e emocional na Parte 1, percebi que a forma como organizamos e vivemos os espaços onde passamos a maior parte do tempo pode ser um verdadeiro aliado — ou vilão — da nossa saúde mental. Neste artigo, quero compartilhar as mudanças que fiz no meu dia a dia e como elas impactaram diretamente meu nível de energia, clareza e bem-estar.
O ambiente visual e o impacto no foco
Sempre achei que trabalhar em meio a papéis, objetos fora do lugar e cores aleatórias não me afetava tanto. Mas, quando decidi organizar meu espaço de trabalho e torná-lo mais leve visualmente, notei uma diferença enorme na minha concentração. O excesso de estímulos visuais sobrecarregava minha mente sem que eu percebesse.
Comecei a adotar um estilo mais minimalista, com poucos elementos à vista, tons neutros e iluminação natural sempre que possível. Essa pequena mudança tornou meu espaço mais agradável e convidativo, e meu cérebro passou a gastar menos energia com distrações invisíveis.
Sons, ruídos e silêncio: o que nos alimenta ou nos esgota
Outro fator que influenciava minha disposição era o ruído ambiente. Trabalhar com barulho constante, mesmo que de fundo, me deixava mais tenso e disperso. Passei a usar fones com cancelamento de ruído ou músicas instrumentais suaves para criar uma atmosfera mais tranquila.
Ao mesmo tempo, aprendi a valorizar o silêncio. Ele tem uma potência restauradora. Reservei momentos do dia para estar em completo silêncio, mesmo que por cinco minutos. Isso me ajudou a “resetar” minha mente e recarregar minhas energias com mais eficácia do que uma pausa cheia de estímulos.
A importância dos cheiros e da ventilação
Pouco se fala sobre o impacto do olfato na disposição. Notei que certos cheiros me deixavam mais relaxado ou motivado. Comecei a usar óleos essenciais — como hortelã para foco e lavanda para acalmar — e mantive o ambiente sempre bem ventilado.
Perceber que o ar parado ou abafado me deixava mais lento foi um aprendizado simples, mas essencial. Abrir janelas, deixar a luz entrar e respirar ar fresco virou um ritual de reinício do dia.
Organização funcional e praticidade no dia a dia
Além da estética, comecei a observar a funcionalidade dos espaços. O que me fazia perder tempo ou criar atrito desnecessário? Reorganizei os itens de uso frequente para estarem à mão, tirei excessos das gavetas e tornei minha rotina mais fluida.
Esse cuidado reduziu o estresse de pequenas frustrações diárias — como procurar algo que sempre sumia — e criou uma sensação maior de controle e leveza. Pequenos ajustes que economizam energia mental fazem uma diferença enorme na nossa disposição geral.
Ambientes afetivos e vínculos emocionais com o espaço
Também comecei a prestar atenção nas memórias e emoções que certos ambientes despertavam em mim. Alguns espaços da casa me deixavam desconfortável sem que eu soubesse o motivo. Depois de observar mais, percebi que estavam associados a momentos de tensão ou discussões passadas.
Ajustar esses ambientes, mudar a decoração, colocar novos objetos simbólicos, ou até mesmo repintar uma parede, ajudou a ressignificar o espaço. Criar novos vínculos emocionais com os ambientes ajuda a renovar também o nosso estado interno.
A influência das pessoas no ambiente
Por fim, percebi que o ambiente não é só físico. As pessoas ao nosso redor também fazem parte do clima emocional que nos envolve. Em alguns espaços, mesmo bem organizados, eu saía exausto por causa da carga emocional de interações pesadas ou da sensação de estar constantemente observado.
Comecei a me proteger mais nesses ambientes. Quando possível, escolhia com quem passar mais tempo. Quando não era possível, criava estratégias internas: respirava fundo, delimitava meu espaço mental, criava pequenas pausas para me reconectar comigo mesmo.
Conclusão
Nosso ambiente é um espelho e um influenciador direto da nossa disposição diária. Não se trata de viver em espaços perfeitos, mas de construir ambientes que favoreçam nossa saúde emocional, que nos acolham, nos inspirem e nos ajudem a funcionar melhor.
Se você sente que sua energia está baixa com frequência, talvez o primeiro passo não esteja dentro de você, mas ao seu redor. Um espaço com mais ordem, beleza, afeto e funcionalidade pode ser o início de um novo ciclo de bem-estar.
💬 E você, já percebeu como o ambiente influencia sua disposição? Que mudanças tem feito para criar um espaço que cuide também da sua mente? Compartilhe comigo. Vamos juntos transformar o que nos cerca em fonte de equilíbrio.
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