Se quiser revisitar desde o início essa caminhada sobre como desenvolver uma alimentação emocionalmente equilibrada, acesse a Parte 1 aqui e a Parte 2 aqui.
Que cada manhã seja um novo espaço de recomeço. 🌞✨

Quando comer vira um ato de presença — e não de punição ou fuga

Nas Partes 1 e 2, refletimos sobre como nossa relação com a comida vai muito além do que está no prato. Ela carrega histórias, emoções, crenças — e pode tanto nos acolher quanto nos ferir. Agora, nesta Parte 3, quero aprofundar essa conversa olhando para os momentos mais difíceis: quando a alimentação vira um alívio automático para as emoções ou um campo de culpa constante. E como podemos, com carinho, transformar isso.

Lembro de uma paciente que me dizia: “Quando estou triste, como. Quando estou feliz, também. Parece que tudo passa pela comida.” Esse relato é comum — e humano. Comer é, sim, uma forma de afeto. Mas quando vira o único canal de regulação emocional, algo se desequilibra. E aí, a comida deixa de nutrir e passa a anestesiar. 😔

A alimentação emocional nem sempre é um problema — até que ela vira padrão 🔁

Não há nada de errado em buscar conforto em algo que nos dá prazer. O problema é quando esse gesto se torna repetitivo, automático e, muitas vezes, gerador de culpa. Quando passamos a comer:

  • Sem fome física, mas com fome de acolhimento
  • Com culpa antes, durante ou depois
  • Para evitar sentir algo difícil
  • De forma compulsiva, como uma descarga emocional

Nesse ponto, não é mais sobre o alimento — é sobre o vazio que ele tenta preencher.

Como começar a resgatar o equilíbrio na relação com a comida 🌿

  • 🧘‍♀️ Pratique o comer consciente. Antes de comer, respire. Pergunte-se: “Estou com fome de quê?” Às vezes, a fome é de pausa, de descanso, de abraço.
  • 📓 Escreva sobre o que você sente antes de comer por impulso. Nomear a emoção ajuda a não despejar tudo no prato.
  • 🥣 Inclua alimentos que te façam bem — de verdade. Não só os “certos”, mas os que acolhem o corpo e a memória afetiva sem gerar culpa.
  • 🚶‍♀️ Busque outras formas de regulação emocional. Caminhar, respirar, conversar, ouvir música. A comida pode ser uma opção — não a única.
  • 💬 Converse com alguém de confiança ou profissional. A relação com a comida é complexa — e não precisa ser resolvida sozinha.

Esses passos não são sobre “controle”. São sobre reconexão com o corpo e com o que se sente.

A comida como linguagem de cuidado, não de punição ⚖️

Muitas pessoas cresceram ouvindo que comida “boa” era recompensa e comida “ruim” era castigo. Isso constrói uma visão moral sobre o ato de comer — e desconecta a gente do prazer nutritivo.

Alimentar-se bem é, antes de tudo, um gesto de respeito com o próprio corpo. Não precisa ser perfeito. Só precisa ser honesto.

Conclusão: alimentar-se bem é também se escutar com mais verdade 🤍

Uma alimentação emocionalmente equilibrada não se constrói com regras rígidas, mas com presença.

É um convite a olhar para si com menos julgamento e mais escuta.

Você não precisa comer “certinho” para estar bem. Precisa apenas se perguntar, com carinho: “O que estou precisando agora?”

E você, tem conseguido se relacionar com a comida de forma mais leve? Que mudanças pequenas têm feito diferença? Se quiser, compartilha comigo. Estou aqui pra te ouvir. 💬


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