
Fortalecer-se por dentro: mais do que acreditar em si, é se acolher
Na Parte 1, refletimos sobre como a autoconfiança não é algo que nasce pronto, mas sim algo que se constrói — com vivências, validação emocional e coragem para errar. Agora, quero levar essa conversa adiante, explorando como a falta de autoconfiança impacta diretamente nossa saúde emocional, e o que podemos fazer para fortalecer essa relação consigo mesmo.
Me lembro de uma paciente que dizia sempre: “Eu só me sinto bem quando recebo elogios. Sozinha, eu não consigo acreditar em mim.” Essa dependência da validação externa drenava sua energia. Em momentos de crítica ou silêncio, ela se encolhia. Com o tempo, entendemos juntas que autoconfiança é mais do que se sentir capaz — é sentir que você tem valor, mesmo nos dias em que não acerta. ✨
O peso de duvidar de si o tempo todo 🪨
Viver com baixa autoconfiança é como caminhar com uma mochila cheia de pedras invisíveis. Cada decisão vira um dilema. Cada erro parece prova de incapacidade. E aos poucos, essa autocobrança excessiva vai minando a saúde emocional.
Pessoas que duvidam constantemente de si tendem a desenvolver mais ansiedade, estresse e até sintomas depressivos. Isso porque vivem em alerta, tentando compensar algo que acreditam não ter: valor, competência, merecimento.
O processo de fortalecimento da autoconfiança passa por silenciar esse crítico interno. Não é fingir que está tudo bem, mas aprender a se tratar com mais compaixão.
Práticas que fortalecem a autoconfiança e protegem a saúde emocional 🛠️
Aqui vão algumas práticas que tenho usado comigo e sugerido a pacientes — e que fazem uma diferença real na forma como nos sentimos e nos cuidamos:
- ✍️ Escreva pequenos feitos do dia. Mesmo os simples. “Hoje eu consegui responder aquele e-mail difícil.” “Consegui dizer não.” O cérebro aprende a reconhecer valor com repetição.
- 🤲 Reescreva a autocrítica. Quando perceber pensamentos como “eu sou um fracasso”, tente substituir por algo mais realista e gentil: “foi difícil, mas eu estou tentando”.
- 📸 Revise histórias antigas com novos olhos. Às vezes, carregamos narrativas de fracasso que, na verdade, foram tentativas corajosas. Olhar para isso com mais maturidade pode mudar tudo.
- 🧘♀️ Pratique o silêncio interno. A meditação, a respiração consciente, ou simplesmente se desligar dos ruídos externos por alguns minutos por dia ajudam a ouvir sua própria voz.
- ❤️ Celebre suas conquistas com verdade. Mesmo que pareçam pequenas para os outros. Se foi grande para você, isso basta.
Essas práticas alimentam uma base sólida de autoconhecimento e confiança — e quando essa base está firme, a saúde emocional floresce.
Autoconfiança não é arrogância — é enraizamento 🌳
É importante lembrar: ser autoconfiante não é se achar melhor que os outros. É saber que você tem valor, mesmo em dias difíceis. É conseguir se acolher quando erra. É levantar com dignidade depois de uma queda.
Pessoas com autoconfiança saudável não são perfeitas. Mas elas não se abandonam. E isso faz toda a diferença.
Conclusão: confiar em si é uma forma profunda de cuidado 🤍
A cada história que escuto, percebo que a autoconfiança verdadeira nasce da relação que construímos conosco. Quanto mais gentil, mais segura ela se torna.
Se você tem se sentido inseguro, lembre-se: isso não define quem você é. É apenas um estado. E estados mudam. A autoconfiança pode ser cultivada, regada, reconstruída.
E você, como tem se sentido consigo mesmo? Quais são as vozes internas que te fortalecem — e quais você já está pronto para silenciar? Se quiser, compartilha comigo. Estou aqui pra ouvir. 💬
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