Ainda não conferiu a Parte 1? Clique aqui para acompanhar desde o começo. 📚

Quando algo pequeno desperta algo muito grande dentro de nós

Na Parte 1, falamos sobre o que são gatilhos emocionais e como eles costumam surgir de experiências passadas, memórias mal elaboradas ou dores ainda abertas. Agora, nesta Parte 2, quero te ajudar a perceber esses gatilhos no cotidiano — nos pequenos desconfortos que surgem sem aviso, mas dizem muito sobre nós.

Me lembro de uma paciente que dizia: “Eu fico desproporcionalmente irritada quando alguém me interrompe.” No começo, ela achava que era apenas impaciência. Mas, investigando mais a fundo, percebeu que aquilo mexia com uma antiga sensação de não ser ouvida na infância. O gatilho não era a interrupção em si — era o que aquilo reativava nela. 💥

Como reconhecer que um gatilho foi ativado? 🧩

Os gatilhos emocionais costumam vir com reações intensas e automáticas. Alguns sinais comuns:

  • Reações emocionais muito fortes diante de situações aparentemente pequenas
  • Sensação de estar “fora de si” ou de não conseguir controlar o que sente
  • Pensamentos negativos que surgem em espiral
  • Reações físicas como taquicardia, aperto no peito, tensão muscular
  • Vontade imediata de fugir, se calar ou atacar

Se você se pega dizendo “nem sei por que fiquei assim”, pode ser que um gatilho emocional tenha sido tocado.

Gatilhos não são fraquezas — são caminhos de volta à história 🌱

Um dos passos mais importantes no processo de identificar gatilhos é mudar a forma como os enxergamos. Em vez de vergonha ou repressão, que tal curiosidade e acolhimento?

O gatilho mostra onde ainda existe dor. Ele é um convite a voltar para uma parte da sua história que ainda precisa ser compreendida. E quanto mais consciente você fica dele, mais liberdade tem para escolher como quer agir.

Estratégias práticas para identificar seus gatilhos 🛠️

  • ✍️ Registre situações que te abalam. Escreva o que aconteceu, como você se sentiu, e que memória antiga pode ter sido tocada.
  • 🧘‍♀️ Observe o corpo. Ele costuma reagir antes da mente. Onde sente tensão? Que sensações aparecem?
  • 🔄 Note os padrões. Há repetições? Situações, pessoas ou palavras que te afetam mais do que deveriam?
  • 💬 Converse com alguém de confiança. Falar sobre a dor ajuda a dar nome e contexto ao que parece confuso.

Com o tempo, você começa a mapear seus gatilhos com mais clareza — e isso muda tudo.

Conclusão: nomear é o primeiro passo para transformar 🌤️

Identificar um gatilho emocional não resolve tudo de imediato. Mas é um passo essencial para deixar de ser refém de reações automáticas e começar a agir com mais consciência.

A dor que ainda dói pode virar cicatriz. O que te tira do eixo pode, com o tempo, virar ponto de força. E tudo começa com um olhar mais atento e mais gentil.

E você, tem conseguido perceber seus gatilhos com mais clareza? Alguma situação do dia a dia costuma te ativar emocionalmente? Se quiser, compartilha comigo. Estou aqui pra ouvir. 💬


Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *